terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ctrl V


Não quero metades.
Não quero fragmentos nem partes.

Quero aquilo que apenas a imparcialidade do Ctrl+V pode me oferecer.

domingo, 29 de agosto de 2010

It's all about love.


Às vezes todas as palavras são poucas.
Às vezes nem mesmo todas as folhas de papel são suficientes.
Para que eu consiga explicar...
o que se passa dentro do meu peito.
O que faz o coração saltar pela boca.
Ou em outros momentos simplesmente parar.

Toda essa minha incredulidade no amor.
Eu sei muito bem de onde vem.
Vem de todas as tentativas frustradas.
De todo o sofrimento que passei.
Que foram aos poucos levantando um muro.
Grande, forte e resistente.

Mas a vida não existe pra quem desiste.
A vida não existe pra quem resiste.
A partir disso, eis que tomo uma resolução.
Está decretado que de hoje em diante eu acredito no amor.
E o próximo que vier não encontrará resistências.
Embora eu não vá amar o primeiro que aparecer,
estou realmente de peito aberto,
para alguém que queira se aconchegar no meu coração cheio de remendos e cicatrizes.
Ainda que não seja um lugar novinho em folha,
o morador pode estar certo de que nada lhe faltará enquanto ali morar.

Eu quero.
Eu quero me entregar de corpo e alma.
Quero fazer da sua família a minha família.
Da minha família a sua família.
E das nossas famílias a nossa família.
E depois, daqui alguns anos a nossa família.
Eu quero fazer planos novamente.
Eu quero imaginar a nossa vida daqui 40 anos.
Eu quero pensar nos nossos filhos,
na nossa casa cheia de amigos no final de semana.

Eu quero me entregar.
Eu quero que você se entregue.
Eu quero que caiamos juntos numa nuvem branquíssima,
com pássaros em volta cantando a nossa felicidade.

Eu quero a pureza,
a força,
a felicidade,
e o sofrimento do AMOR.

Porque nada é perfeito.
E não existe bônus sem o ônus.

Mas eu não me importo de sofrer.
O que eu quero mesmo é...
AMAR!


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Viver é unir os retalhos.

Deixar-se guiar pelo medo é usufruir apenas do azul num espectro multicor: é tentar achar o caminho olhando para o céu-sem-nuvens-do-sertão, ao meio-dia.
Você vai queimar o nariz e ainda estará perdida.

Se o medo aparecer, coloque-o no bolso, e siga em frente.

De vez em quando olhe-o, como a um relógio, mas em seguida guarde-o de novo.
Fora do bolso, o medo tende a crescer e engolir quem o segura.
O bolso, Alice, o bolso é o lugar dele, não se esqueça.

E não ligue se as coisas não fizerem sentido: a vida pode acontecer em recortes. . .
Agora não sabemos como juntá-los, mas um dia saberemos.
Por isso, Alice, não jogue os retalhos fora, viver é uni-los, um a um.

Chapeleiro Maluco

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

É engraçado ver como algumas coisas simples da vida podem mudar, inclusive, o conceito de seus argumentos. Eu, já há alguns anos, digo que com argumentos qualquer merda é aceita. Mudo de opinião. Mudo na mesma velocidade como mudo de desejo, paixão ou medo de errar. Um argumento só é forte quando ele gerado para rir o riso ao seu contentamento. Ou seja, quando é visando o bem para ambos.

John Nash, que introduziu o conceito de equilíbrio na teoria dos jogos, foi brilhante. Disse ele que o grupo só sai vitorioso se o individuo agir visando o melhor para ele e para o grupo. Na vida, por mais que necessitamos de momentos de egoísmo, o grupo deve estar sempre em primeiro plano.

Alguns dizem: “não me arrependo do que fiz. Só me arrependo do que não fiz”. Bobagem. Esse é o cumulo do orgulho. Eu me arrependo de muitos erros. De todos os erros, inclusive. Mas o mais questionável, o que mais me enchem o saco, é o fato de pensar no outro antes de pensar em si.

Hoje, sóbrio de orgulho e de alma, vejo que sempre pensei no macro. Dane-se eu. Quero ver os que estão ao meu redor bem. E isso, automaticamente, me faz bem. Inocente como um poema de quinta serie. Mas deprimente como uma bossa-nova.

Sendo assim, nada paga a reciprocidade da valorização.

Ninguém disse que a vida há de ser fácil. Muito menos que, mesmo difícil, ela seja ruim. O amor só é bom se doer.

Hoje eu sorri.

(texto retirado do blog Quem Matou a Tangerina?)

domingo, 15 de agosto de 2010

Jumping!

To liberty?
.
Or to death?
...
Both?




domingo, 8 de agosto de 2010

Simples!


É simples escrever sobre alguém que não existe.
Complicado mesmo é falar daqueles de carne e osso.

É simples imaginar tudo de bom e esperar encontrar isso em alguém.
Complicado é aceitar que aquele cara que você achava sensacional no fundo não passa de mais um ser como qualquer outro.

É simples sonhar com o inexistente.
O difícil é viver com a realidade.

É simples falar pros outros.
Complicado é fazer você mesmo.

PriMelow

Por um segundo


Às vezes vem essa vontade doida de mudar.
Mudar tudo.
Mudar de roupa, trocar de casa, pintar paredes.
Às vezes eu não e aguento de ansiedade.
De querer fazer tudo que eu não fiz por medo, preguiça ou ignorância.

Às vezes da vontade de gritar, para acordar meus sonhos e os vizinhos saberem que eu existo.

Às vezes dá vontade de chorar todos os choros que engasguei, todas as lágrimas que empurrei pra dentro.
Pra me fazer de forte, pra cumprir a promessa que um dia eu fiz diante do espelho.

Tenho a vontade urgente de ser quem pode ser feliz.
Tenho a vontade exata de respirar em paz.
Por um segundo.
Ter de novo a sensação, se um dia eu realmente tive, de ter os ombros leves, sem nenhuma cruz.

É às vezes, essa vontade louca de mudar.
Mas é pra sempre, a sutil de me transformar.


(Texto de Caco Olli)