sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Nunca
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Ela
domingo, 19 de dezembro de 2010
Sabedoria
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
É sempre assim.
Quer queira, quer não, nossa presença é sempre uma promessa muda. Descia eu na frente pela escada de incêndio com duas mãos pequenas nos ombros e um hálito feliz me abraçando. A luz pifa de assalto, eu paro, você tromba em mim e ri forte. Como você quer descer escadas sem enxergar? - "Caminho em qualquer escuridão com seus ombros por perto, confio que você não vai me deixar cair". Tão perigosas metáforas, quanto seus beijos acidulantes de morango.
É bonito de se ver. A gente hoje se respira, se envolve feito leite e café. E esse querer é uma noite apaixonada de sexo com um dia seguinte, onde cada qual toma seu rumo. No melhor estilo Milan Kundera, nos amaremos para todo o sempre, até que uma manhã dessas, seja a seguinte.
A manhã seguinte ainda vai desanuviar, a cada palavra não dita, a cada pensamento reprisado, cada dia mais frio, nos fazendo presas fáceis do sofrimento, da decepção. Não adianta, vou desapontá-la. Um dia, vou deixar você cair. E você também vai. É assim.
Fragmento de "A manhã seguinte sempre chega"
de Gabito Nunes
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Ando
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Nem sob tortura.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Sobre a necessidade do sempre, ou a capacidade de arruinar tudo.
domingo, 7 de novembro de 2010
Dentro
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Diálogo
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Rotatórias
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Sobre nós, jogadores.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Até.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Vida
sábado, 18 de setembro de 2010
Robô
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Ctrl V
domingo, 29 de agosto de 2010
It's all about love.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Viver é unir os retalhos.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
É engraçado ver como algumas coisas simples da vida podem mudar, inclusive, o conceito de seus argumentos. Eu, já há alguns anos, digo que com argumentos qualquer merda é aceita. Mudo de opinião. Mudo na mesma velocidade como mudo de desejo, paixão ou medo de errar. Um argumento só é forte quando ele gerado para rir o riso ao seu contentamento. Ou seja, quando é visando o bem para ambos.
John Nash, que introduziu o conceito de equilíbrio na teoria dos jogos, foi brilhante. Disse ele que o grupo só sai vitorioso se o individuo agir visando o melhor para ele e para o grupo. Na vida, por mais que necessitamos de momentos de egoísmo, o grupo deve estar sempre em primeiro plano.
Alguns dizem: “não me arrependo do que fiz. Só me arrependo do que não fiz”. Bobagem. Esse é o cumulo do orgulho. Eu me arrependo de muitos erros. De todos os erros, inclusive. Mas o mais questionável, o que mais me enchem o saco, é o fato de pensar no outro antes de pensar em si.
Hoje, sóbrio de orgulho e de alma, vejo que sempre pensei no macro. Dane-se eu. Quero ver os que estão ao meu redor bem. E isso, automaticamente, me faz bem. Inocente como um poema de quinta serie. Mas deprimente como uma bossa-nova.
Sendo assim, nada paga a reciprocidade da valorização.
Ninguém disse que a vida há de ser fácil. Muito menos que, mesmo difícil, ela seja ruim. O amor só é bom se doer.
Hoje eu sorri.
(texto retirado do blog Quem Matou a Tangerina?)
domingo, 15 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
Simples!
Por um segundo
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Noite
E no escuro daquele quarto com paredes infinitas ela estica o braço para tocar aquele rosto tão familiar mas ao mesmo tempo às vezes tão desconhecido.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
A vida é feita de escolhas...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Amor
terça-feira, 4 de maio de 2010
Parou.
domingo, 2 de maio de 2010
José, para onde?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade